Rodeios podem ser enfraquecidos em Juiz de Fora (MG)
Nessa segunda-feira (26), aconteceu na Câmara Municipal de Juiz de Fora (MG) uma audiência sobre a realização de rodeios no município. Um projeto de lei que proíbe a utilização de ferramentas de tortura como sedém e outros quaisquer mecanismo que danifiquem o animal foi colocado em pauta e aprovado.
Um a um, os vereadores usaram da palavra para manifestar apoio à iniciativa. As informações são da Câmara Municipal de Juiz de Fora.
O autor do projeto, o vereador Zé Márcio (PV), argumentou não haver necessidade de ser ativista para se posicionar contra uma atividade que provoca dor. Citou inclusive uma enquete do jornal da cidade, onde 78% dos leitores manifestaram-se favoráveis ao fim dos rodeios. Também mencionou laudo da Universidade de São Paulo (USP) que confirma o “tormento” provocado pelo sedém por meio de estímulo doloroso.
Na Câmara
O vereador Isauro Calais (PMN) afirmou, “Animal não pula se não for torturado”. Após realização de recente Audiência Pública na Câmara, Chico Evangelista (PROS) analisou o assunto e comentou que a Festa Country de Juiz de Fora desse ano foi realizada com grande público, mesmo sem rodeio, evidenciando que as pessoas participam pela festividade e não por apoio ao rodeio.
O autor do projeto ainda ressaltou que essa questão está sendo discutida em todo mundo, inclusive na Espanha, e afirmou sentir “que o esporte é medieval, e não condiz com o momento que estamos vivendo”.
João do Joaninho (DEM), promotor de cavalgadas e concursos de marchas, parabenizou a organização dos protetores dos animais. Deixou claro que nenhum vereador é a favor da crueldade e que o pedido de realização de Audiência Pública se deu para ampliação do debate e retirada de dúvidas.
Na Prática
O projeto de lei, aprovado nesta segunda-feira, em primeira discussão, proíbe o uso do sedém ou quaisquer outros mecanismos que possam submeter o animal a desconforto ou crueldade, o que inviabiliza a prática de rodeio que depende do salto do animal, que só acontece através da tortura.
A proposta já vigora em diversos municípios brasileiros. A matéria retorna a pauta nesta terça-feira (27) em segunda votação.
Nota da Redação: Independente se o assunto está em pauta em outras localidades do mundo, ou se existe violência bruta, violência física aos animais envolvidos nos rodeios, a própria utilização de animais em rodeios por si só já consiste em um grave problema ético, visto que nenhum individuo, seja da nossa espécie humana ou de outra espécie, deve ser utilizado, condicionado, tratado como objeto ou propriedade de terceiros, portanto, as cavalgadas, seja com fins religiosos ou culturais, onde seres com pernas se apropriam das pernas de outros para se locomover não deve ser também considerada algo aceitável.
Os seres humanos precisam abandonar o pensamento antropocentrico e especista e parar de acreditar que as demais espécies estão nesse planeta para servir o homem.
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