Liberdade para Fábio Hideki: Não a criminalização dos movimentos sociais!
Fábio Hideki Harano foi preso em São Paulo, no dia 23/06/2014, após participar da manifestação “Se não tiver direitos, não vai ter Copa”. Voltando para casa ao final do ato, Hideki foi detido por agentes à paisana do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e revistado na presença de várias pessoas. As testemunhas declararam não haver nenhum objeto ilegal em seus pertences naquele momento. Apesar disso, ele é acusado do crime inafiançável de portar um artefato explosivo. Atualmente, ele cumpre prisão preventiva na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, localizada na cidade de Tremembé – SP, acusado por quatro artigos do Código Penal – entre eles associação criminosa – e um artigo do Estatuto do Desarmamento.
Padre Júlio Lancelotti acompanhou o momento da revista policial de perto e declara que entre os pertences de Hideki não havia nada que pudesse ser confundido com objeto explosivo. Para ele, que é do Centro de Defesa dos Direitos Humanos “Padre Ezequiel Ramin” e da Arquidiocese de São Paulo, esta é uma acusação baseada em flagrante forjado. Em declaração à imprensa, o DEIC afirma que esta foi a primeira ação da operação “black bloc”, que busca identificar as lideranças do que a polícia nomeia como “organização criminosa”.
Diante da insatisfação popular e instabilidade política, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo optou por táticas de terror: o sufocamento das manifestações com presença ostensiva da tropa de choque e a “punição exemplar”, que desta vez recaiu sobre Fábio Hideki, estudante, trabalhador e manifestante pacífico.
Hideki, preocupado com as causas sociais, participa de protestos há vários anos. Nestas ocasiões opta por carregar cartazes e dialogar com as pessoas. Ele frequentemente dá entrevistas nas quais informa seu nome e ocupação, jamais escondendo sua identidade. Chama a atenção também por seu porte físico e por usar um capacete branco de motoqueiro, uma máscara de gás e portar vinagre, itens que adotou a partir do momento em que a repressão policial se tornou regra.
A prisão de Fábio marca mais um passo na escalada da criminalização dos movimentos sociais e populares no estado de São Paulo, constituindo uma ameaça aos direitos individuais e coletivos de livre expressão. Esta prisão é um ataque a todos os movimentos sociais. Ao prender arbitrariamente um ativista idôneo e conhecido por todos, pretende-se espalhar o medo entre as pessoas que lutam por justiça social. Não toleraremos este ataque. Lutar não é crime. Seguiremos em luta.
Direitos Básicos Negados:
Além do direito de participar de qualquer manifestação e do direito de liberdade de expressão ser constantemente reprimido pela polícia a mando do Estado “Democrático” de “Direito”.
Fábio Hideki também está sendo negado a possibilidade de se alimentar da maneira que sua consciência sugere, sendo impedido de prosseguir com sua alimentação vegetariana, se existe uma lista das maiores torturas psicológicas e violações que pode se ocasionar a um individuo, sem dúvidas, que está nessa lista a atitude de obrigar uma pessoa a ingerir algo que terceiros desejam.
Acontecimento recorrente e frequente nas várias espécies animais que se encontram também em situação de prisão e escravidão no Brasil, como as galinhas confinadas para produção de ovos, bezerros, patos, gansos e várias outras especies aprisionadas para satisfação de interesses economicos e politicos, assim como Fábio Hideki. Isso é uma afronta aos Direitos Humanos. Isso é uma afronta aos Direitos Animais.
Saiba mais sobre o caso de Fábio Hideki:
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=fJ3QArNO87E 610 430]
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=a4SI3s_rm-E 610 430]
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=1uuIUlzy4VI 610 430]
Imagens para divulgação da prisão injusta de Fábio Hideki:
* Stencil #LiberdadeParaHideki – Folha A3 e Folha A4.
Grupos, coletivos e Organizações podem manifestar seu apoio no site Liberdade Para Hideki ou enviando um e-mail para contato@liberdadeparahideki.org com o título “Assinatura Abaixo-Assinado”.
Para assinaturas individuais, indicamos a petição feita no Avaaz.
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