Feminismo e Veganismo: xô gordofobia e xô especismo!
A página no Facebook chamada “Gorda e Vegana“, criada recentemente, busca fazer um alerta à sociedade, principalmente, ao público vegetariano, aos jornalistas de sites vegetarianos (ou não) e as empresas que utilizam de discurso de “redução de peso” na promoção do vegetarianismo (alimentação sem “ingredientes” de origem animal) para que avaliem o impacto disso na saúde da mulher.
A página “Gorda Vegana” diz que quando pessoas fazem propaganda do vegetarianismo (de maneira distorcida) expondo corpos gordos como errados e que são corpos que devem ser corrigidos, acabam por cometer uma violência!
É comum blogs vegetarianos ou veganos tratarem os benefícios de uma alimentação vegetariana e incluir a possibilidade de emagrecimento ou em casos piores até mesmo enfatizar a perda de peso. O que pode parecer algo inocente traz consequências graves para a sociedade, conforme relatado abaixo pelas Blogueiras Feministas.
Esperamos que as pessoas tenham mais responsabilidade sobre como definem e propagam o vegetarianismo.
O Vegetarianismo (alimentação sem nada de carne, leite, ovos, etc) e o Veganismo (atitude política de colocar em prática o respeito aos Direitos Animais no dia a dia) não podem ser confundidos e distorcidos – pelos próprios “veganos” e “vegetarianos” – como se esses dois termos significassem “uma dieta diferente”, “um estilo de vida”, “uma questão de hábito ou de opinião”, principalmente, não deve ser distorcido como uma dieta natureba carregada de preconceitos e esteriótipos que busca padronizar e ditar regras sobre os corpos das mulheres.
A página ainda afirma: “Somos Gordas, Somos Vegetarianas e Veganas e NÃO queremos emagrecer!!!”
Veja algumas das imagens publicadas pela página Gorda Vegana:
Segundo as Blogueiras Feministas, “não é necessário nenhum esforço extraordinário para compreender a gordofobia: a própria palavra sugere um acentuado desconforto e sentimento de repulsa contra pessoas gordas.
Tal postura é tão enraizada em nossa cultura que a maioria das pessoas imediatamente remete pensamentos gordofóbicos às mais variadas imagens e situações: por exemplo, acham inaceitável uma mulher gorda vestir roupas justas ou frequentar a praia de biquíni; sentem desprezo por um homem obeso que come prazerosamente na praça de alimentação do shopping. Há um vasto leque de imagens negativas que demonstram como pessoas gordas são percebidas na sociedade, quase sempre representadas como desagradáveis e repulsivas.
Para as mulheres, é excepcionalmente difícil ser gorda em meio ao culto dos corpos magros sem odiar a si mesma ou ser odiada. Não gostar de si mesma já é praticamente uma exigência social para toda mulher, cujo valor é inteiramente atribuído à sua aparência; o que dizer então para as mulheres gordas. São aconselhadas a uma infinidade de modificações corporais e recomendadas centenas de dietas especiais.
Para aquelas que sempre foram “gordinhas” desde a infância, é incrivelmente comum crescer com ódio internalizado de si mesma: são muitos anos de bullying e cobranças sociais, que acontecem não apenas no ambiente escolar, como também na televisão, nas revistas, nos círculos sociais de amizades ou no núcleo familiar”.
• Para mais informações sobre Gordofobia, Especismo e a necessidade do Veganismo no meio libertário, clique.
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