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Otimismo.

A pressão contra a SeaWorld continua!

A Comissão Costeira da Califórnia aprova uma expansão de 100 milhões de dólares dos tanques do SeaWorld usados para manter baleias em San Diego, mas proibiu a reprodução de animais.

Ativistas elogiaram a decisão como uma sentença para por fim ao uso de baleias no parque aquático da Califórnia.

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O voto “assegura que orcas não mais serão condenadas a uma subvida de solidão, privação e miséria”, disse a declaração da PeTA (People for Ethical Treatment for Animals).

“Estas 11 orcas serão as últimas 11 orcas aqui”, disse Jared Goodman, advogado do PETA, após a reunião, referindo-se às baleias no parque marinho da Califórnia.

A alteração de última hora irá banir a reprodução de orcas cativas no parque da Califórnia, incluindo por métodos de inseminação artificial, mas não nas instalações do SeaWorld em outros Estados.

Também proíbe a venda, troca ou transferência das orcas cativas. A emenda provê uma potencial exceção para certas baleias capturadas na natureza, mas não foi esclarecido se isto se aplica a uma das orcas do parque de San Diego.

Em declaração, o SeaWorld diz estar desapontado pelas condições impostas para a aprovação de sua expansão Blue World, programada para abrir em 2018, que iria triplicar o número de existente de baleias enclausuradas.

A decisão do júri levantou uma lista de questões, incluindo se a companhia prosseguiria com o projeto ou criaria um empasse legal, possibilidade na qual a comissão excedeu sua autoridade. SeaWorld disse que estava considerando as opções.

A votação durou um dia inteiro, no qual dúzias de oradores argumentaram contra e a favor da expansão. Embora a permissão envolva o pedido de expandir o espaço do tanque, a discussão evoluiu para um debate sobre as condições em cativeiro para os grandes mamíferos marinhos, incluindo reprodução e uso de medicamentos, segundo informações do The Guardian.

A comissão que regula o uso de terra e água ao longo da costa da Califórnia afixou várias condições para a aprovação, incluindo a de que nenhuma nova baleia capturada da natureza pode ser mantida lá.

O número de visitantes no parque da Califórnia diminuiu desde o lançamento do documentário “Blackfish” em 2013, que sugere que o tratamento do SeaWorld às orcas cativas provoca comportamento hostil. O valor das ações da companhia também caiu nos últimos dois anos.

Ativistas pelos Direitos Animais disseram que novos tanques só levariam a mais prisão para as orcas.

John Hargrove, um antigo treinador do SeaWorld na Califórnia e no Texas, que escreveu um livro sobre suas experiências e apareceu no filme Blackfish, disse que as baleias são fortemente medicadas e as estruturas familiares que definem a vida selvagem são quebradas.

As baleias corroem as extremidades de seus tanques, quebrando ou desgastando os dentes e a endogamia criou “orcas híbridas, que não possuem identidade social”, ele diz.

Cerca de 500 pessoas lotaram a sala de reuniões, severamente dividida entre partidários do SeaWorld, vestindo camisas azul e branca e segurando cartazes dizendo “Educar, inspirar, conservar”, e críticos agitando placas dizendo “Vote NÃO para o tanque do SeaWorld” e “SeaWorld fere as orcas”.

O comissário costeiro, Gregory Cox, que é favorável à expansão, disse que seria uma coisa positiva e aumentaria o habitat das orcas.

Mas a comissária Dayna Bochco, que apresentou a emenda proibição à reprodução, disse que concorda com os cientistas que acreditam que as baleias estão sofrendo em cativeiro. “Elas não pertencem ao cativeiro”, diz.

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Sob a expansão, SeaWorld iria demolir partes de instalações de 1995 que incluem uma piscina de 1,7 m galões de água e substituir por um tanque de 5.2 m galões e uma piscina de 450,000 galões.

A empresa sediada em Orlando, Flórida disse que a população de orcas nas instalações de San Diego não irá aumentar significativamente por conta do projeto Blue World.

Nota do Portal: A proibição da reprodução de orcas em cativeiro, a proibição da venda ou troca desses animais como se fossem meros produtos é importante se estiver realmente em direção ao fechamento da Sea World e a abolição dos parques aquáticos, ou seja, não pode existir brechas que permitam a Sea World reproduzir mais baleias para escravizar!

Uma medida importante que poderia ser tomada é vetar a publicidade da empresa para garantir uma verdadeira restrição e não permitir que a Sea World utilize-se da expansão dos tanques para potencializar o público visitante e seus lucros, a expansão deve ser feita visando o bem-estar dos animais que não conseguem mais se readequar a natureza e não uma reforma para atrair mais turistas aos parques.

Um grande esforço deve ser feito para tentar reintroduzir alguns animais presos para a vida selvagem, conforme solicitado no projeto de lei do legislador Richard Bloom.

Nesse sentido, a brecha de permitir a expansão é perigosa, caso não esteja vinculada a outras formas de conter a Sea World e seu mercado cruel. Acreditamos, e esperamos, que a mobilização contra aquários (e zoológicos) que tem acontecido no mundo todo continue para que um dia as jaulas estejam vazias!

 

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