Não apoie zoológicos, não apoie o confinamento de animais!
O site de Turismo “Viaje na Viagem”, que conta com mais de 123 mil seguidores em sua página no Facebook, postou uma matéria recentemente comentando sobre sua experiência em uma visita ao Zoológico Luján na Argentina.
Segundo o relato do site, realizado pela sócia Elisa Araújo que viajou junto com sua filha para o Zoológico, os animais selvagens do local são “domesticados”, trabalham intensamente para agradar os turistas, dia após dia, muitos animais estavam sempre sonolentos e deprimidos, tristes e alguns acorrentados, são expostos ao contato intenso com os turistas o dia todo, tornando tudo muito parecido com um verdadeiro circo, só faltou ver o chicote.
É uma experiência falsa com animais cansados, o zoológico abre sete dias por semana, todos os dias do ano, ou seja, os animais comem o dia inteiro com as comidas dadas pelos turistas, o comportamento deles é completamente condicionado, basta você se aproximar do cercado dos animais para que eles venham tentar comer na sua mão.
A filhinha de Elisa afirmou que os filhotes de leão são “fofinhos, mas estavam tristes porque não estavam com a mãe deles”.
O Zoológico tem sido constantemente denunciado por diversos turistas e por pessoas da área veterinária e especialistas por abuso e maus-tratos aos animais, caso divulgado até mesmo em grandes mídias, como o Jornal iG.
“Sempre existe o risco do animal ter uma reação imprevisível”. Um caso clássico foi o de Roy Horn, da dupla alemã Siegfried & Roy, cuja longa carreira de espetáculos de mágica em Las Vegas acabou em outubro de 2003 quando Manticore, um tigre branco de Bengala de seis anos e meio criado por Horn desde filhotinho, o atacou durante um show, mordendo-o no pescoço e o arrastando para fora do palco. Horn ficou parcialmente paralisado. Um inquérito acabou sem conclusões definitivas sobre o que teria motivado o ataque — entre veterinários especializados em animais selvagens, circula a versão de que Manticore estaria sofrendo com as dores de um dente quebrado. “Felinos ainda dão sinais prévios de que algo está errado, mas um urso, por exemplo, não demonstra nada. E elefantes têm ótima memória — podem lembrar de maus tratos anos depois que eles aconteceram e reagir de acordo”, diz Mara, bióloga do Departamento Técnico de Mamíferos do Zoológico de São Paulo.
Para o ambientalista Carlos Fernandes Balboa, da Fundação Vida Silvestre, ONG sediada em Buenos Aires, afirma que não deixa de haver risco para os visitantes e para cuidadores inexperientes, e acusa o Zoo Lujan de dopar os felinos. “Um tigre em ‘dia ruim’, como pode ter qualquer um, pode mudar a sorte dos visitantes. Mas esse ‘dia ruim’ está minimizado pela evidente e surpreendente situação de todos os animais ferozes, que estão drogados, dopados ou com algum nível baixo de droga que os transforme em evidentes bichinhos de pelúcia”, afirmou Balboa, em entrevista dada ao iG em março deste ano.
Nota do Portal: Partindo do principio que os animais sejam bem tratados, isso por si só, não justifica a utilização de animais para benefício humano, seja do turista de tirar uma foto no Facebook para mostrar aos amigos ou do proprietário do Zoo que lucra através do confinamento dos animais. Animais devem viver em seu habitat natural e não como produtos expostos em uma vitrine e condicionados pelos interesses humanos. Grandes felinos são animais que necessitam de um espaço imenso (natural) para se exercitarem e não serem tratados como “gatinhos gigantes” para satisfazer a vaidade humana.
Além do ponto central da não utilização de animais, sob quaisquer fins, mediante maus-tratos bruto ou não, ainda assim é importante notar que além dos maus-tratos de manter esses animais condicionados, outras questões estão envolvidas e tem sido constantemente denunciadas, comprovando e reforçando para a população que este local não deve ser apoiado e financiado.
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