Circos com animais: uma “brincadeira” maldosa!
Circos são ambientes mágicos, inusitados, divertidos e alegres, que servem para encantar multidões de crianças, pais e mães, tios, primas e avós, famílias e mais famílias no mundo todo. Um grande espetáculo, que serve de estímulo a imaginação e incentivo a arte e que tem tudo para ser um ambiente agradável e fundamental na educação das pessoas, se não fosse pela utilização de animais não-humanos para realizar atividades impostas, contrárias a natureza dos animais, portanto, quando não ensina as crianças (e quando não reforça nos adultos) que os animais “podem” ser usados para satisfação dos desejos humanos.
São poucos os circos que se dedicam a verdadeira magia da arte, da arte humana, sem o uso de especismo e sofrimento animal, mas isso é algo que tem mudado, seja através da maior valorização dos artistas ou por pressão popular para o banimento de circos que utilizem animais, como o recente caso do México e da Holanda, que fizeram um banimento parcial dos animais explorados em circo.
México
Após inspeções feitas à Procuradoria Federal de Proteção Ambiental (Profepa) em circos mexicanos, foi evidenciado que os animais sofrem de doenças físicas e mentais, especialmente espécies selvagens, por causa da exibição ao público (stress) e sua utilização em shows e atos circenses.
Com uma maioria de votos favoráveis aos animais, o México alterou a Lei Geral do Equilíbrio Ecológico e de Proteção Ambiental e a Lei Geral da Vida Selvagem para proibir o uso de animais silvestres em atividades circenses em todo o território mexicano. Agora é necessário a aprovação final do Presidente Mexicano, Enrique Peña Nieto.
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Os circos mexicanos vão ter um prazo para enviar uma lista com todas as espécies selvagens que possuem e esses animais serão, infelizmente, destinados a zoológicos (por sorte algum animal pode parar em santuários). Aqueles que não cumprirem a provável nova legislação podem sofrer multas de 50 a 50 mil salários mínimos por infração.
Holanda
Em 2012 a Holanda já havia se manifestado no sentido de proibir animais selvagens em circos em todo seu território. Parece que dessa vez é de verdade, e os 22 circos instalados no país terão até setembro de 2015 para se regularizarem, 16 dos circos possuem um total de 119 animais selvagens.
Organizações de direitos animais que trabalham no país e no continente Europeu se voltam para o Reino Unido, que havia declarado ser progressista no tratamento ético dos animais e que os circos seriam proibidos no país (dois anos atrás). A pressão do movimento pelos animais se volta agora ao Reino Unido, visto que os circos podem migrarem de um país para o outro na tentativa de continuarem suas atividades exibicionistas e estressantes para os animais.
Nota do Portal: Proibição parcial, vitória parcial! Lutas ainda devem ser travadas por uma verdadeira proibição do uso de animais em circos, não somente dos animais selvagens, mas de todos os animais explorados para esse “entretenimento”.
Em nossa leitura, apesar de alguns animais serem direcionados para zoológicos (o que é péssimo pois o stress de ser exibido ao público constantemente continua em uma outra prisão), acreditamos que essas proibições parciais ainda são motivos de comemoração por libertarem alguns animais (que vão para santuários) e por salvarem a maioria ou a totalidade dos animais em alguns circos. O movimento deve caminhar na busca de uma proibição total e pressionar outros países para que façam o mesmo, como o próprio Brasil que está estagnado no tema.
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