Você já ouviu falar de uma planta conhecida como “carne vegetal” ou “carne de pobre”? Trata-se do ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata), hortaliça com elevados teores de proteínas.
Seu cultivo e consumo é mais comum em Minas Gerais, onde todo ano é realizado o “Festival do Ora-pro-nóbis”, em Sabará.
Ainda pouco difundido enquanto alimento, o ora-pro-nóbis é utilizado em muitos locais como cerca-viva, pois desenvolve acúleos (falsos espinhos pontiagudos) em sua fase adulta, quando vira um arbusto. A planta pertence à família das cactáceas.
Originária das Américas, é resistente, não exige muita adubação, pode ser plantada em jardins e quintais e é multiplicada por estaquia. Basta cortar estacas de 20 centímetros de uma planta saudável e enterrar um terço em terra fértil, ou mergulhar em um recipiente com água. Em duas semanas as raízes aparecem e a planta pode ser transplantada para local definitivo. A primeira colheita ocorre três meses após o plantio.
Conhecer, cultivar e consumir hortaliças não-convencionais como o ora-pro-nóbis contribui para que tenhamos dietas ricas e diversificadas, não restritas apenas ao que o mercado nos oferece. O mundo dos alimentos vegetais vai muito além do que está à venda por aí.
Além disso, plantar alimentos em casa tem inúmeras vantagens como a redução da produção de lixo e a certificação orgânica em nossas mãos.
Como comer ora-pro-nóbis?
As folhas podem ser consumidas cruas, como salada, ou refogadas com alho, cebola e tomate. Podem ser usadas como recheio para tortas, sanduíches e salgados. Também ficam boas em sopas.
As folhas secas e moídas são indicadas para o preparo de farinhas (para massas e pães) e da farinha múltipla, complemento nutricional no combate à desnutrição.
Fonte: Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Manual de hortaliças não-convencionais / Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo. – Brasília : Mapa/ACS, 2010. 92 p.
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