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Vale do Paraíba.

140 toneladas de resíduos tóxicos cancerígenos e nocivos ao meio ambiente

O aterro sanitário Tremembé (SP) recebe nesta semana uma carga de 140 toneladas de resíduos tóxicos nocivos ao meio ambiente e à saúde, com excesso de elementos cancerígenos. O material, que começou a ser levado para o aterro na última terça-feira (25), é transferido do Porto de Santos em uma ação conjunta do Ministério Público Federal, do Ibama e da Receita Federal.

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De acordo com o Ministério Público, o procedimento atende um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em outubro de 2013 e que obriga a União a dar destino adequado aos resíduos industriais contidos nos carregamentos.

A carga, disposta em 11 contêineres, foi importada ilegalmente dos Estados Unidos e apreendida pela alfândega do Porto de Santos em 2003 por conter resíduos com alto teor de poluentes prejudiciais à saúde pública e ao meio ambiente. A periculosidade da carga se dá por excesso de elementos cancerígenos, como chumbo, cobre e zinco.


A exposição aos componentes presentes na carga pode causar dor de cabeça, tremor muscular, alucinações, perda da memória e da capacidade de concentração. O material seria vendido para empresas que produzem fertilizantes.

Segundo a Resicontrol, empresa responsável pelo aterro, o resíduo será confinado em uma célula de aterro devidamente licenciada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e que foi desenhada especificamente para receber materiais perigosos.

A empresa informou ainda que o aterro de Tremembé possui um sistema de impermeabilização, que inclui compactação e utilização de geomembranas de PEAD (polietileno de alta densidade), e possui estrutura técnica e operacional para tratamento de resíduos que necessitem de adequação físico-química para a disposição correta do resíduo.

Segundo a Cetesb, o transporte vai ser acompanhado por um agente do Ibama e o aterro foi escolhido porque é o que apresenta melhor padrão de qualidade para receber o material. A operação de transporte deve durar cinco dias e tem um custo de R$ 100 mil.

Importação ilegal
A carga foi apreendida em outubro de 2003 após ter sido importada ilegalmente para o Brasil. Em setembro de 2011, o procurador da República Luiz Antonio Palácio Filho instaurou ação civil pública para que fosse realizada a devolução da mercadoria ao seu país de origem. Diante das dificuldades em devolver a carga, foi firmado um TAC para que o resíduo tivesse uma destinação adequada.

Nota do Portal: O caso desse material tóxico em Tremembé teve repercussão devido ao fato de ter sido importado ilegalmente para o Brasil, apesar de ser um material extremamente perigoso, o aterro já trabalhou com esse tipo de material em outros momentos.

Fonte: G1

 

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