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Veganismo.

Lubrificantes ecológicos, vibradores de silicone biodegradável e chicotes feitos de pneus de bicicleta: uma sex shop em Berlim 100% orgânica e natural resolveu apostar no consumo responsável.

Os produtos exibidos na vitrine da loja “Other Nature”, localizada no bairro turco de Kreuzberg, têm pelo menos uma coisa em comum: não possuem nenhum traço de animais em sua composição.

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“Somos uma sex shop, mas tentamos ser a melhor”, insiste a gerente da loja, Anne Bonnie Schindler. “Há um monte de porcaria no mercado”, explica, citando as substâncias nocivas presentes nos lubrificantes com gosto de banana e preservativos com aroma de morango.

Ao invés dos brinquedos sexuais fabricados na China, os clientes da loja preferem os vibradores produzidos localmente.

Esta sex shop, inaugurada em outubro, encaixa-se em uma sociedade que agora quer saber a origem dos produtos que consome. Em uma capital alternativa e jovem como Berlim, o público parece ser certo.

“Este é realmente um bom nicho”, admite a mulher de 31 anos. “Nossos clientes são de todas as idades e, ao contrário do que esperávamos, não são apenas mulheres”, acrescenta.

Adepta do veganismo, Anne Bonnie Schindler, que trabalhou durante muito tempo em um sex shop “convencional”, defende um estilo de vida baseado na recusa de exploração e crueldade contra animais.

Segundo Jöran Fliege, da associação “Vegan-Berlin“, a Alemanha tem meio milhão de adeptos do veganismo. “A tendência é um aumento acentuado”, acredita.

No ano passado, o primeiro supermercado 100% vegano da Europa abriu suas portas no bairro Prenzlauer Berg, em Berlim. Nada de bacon, nem peixe, nem manteiga, mas muita soja e quinoa. Logo ao lado, uma loja vende botas, sapatos e sandálias fabricadas sem couro.

O movimento vegetariano, que exclui apenas o consumo de carne, também está em expansão no país. No último Dia dos Namorados, um “speed-dating” (encontro com possíveis parceiros amorosos) tradicional em alguns países, e especialmente entre a cultura judaica, também ocorreu com grupos de vegetarianos.

[editado] Fonte: Folha S. Paulo

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